História
A história do Arquivo Municipal de Setúbal não é dissociável da atividade municipal e do espaço onde a mesma se desenrolou.
Com o incêndio, na noite de 4 para 5 de outubro de 1910, no decurso da Implantação da República, destruiu os Paços Concelho e o Arquivo Municipal,
perdendo-se um legado institucional e patrimonial de valor incalculável para a história concelhia e nacional.
Certamente que o legado municipal iniciado em 1249, com a Carta de Foral de Setúbal, não terá permanecido inalterado até à referida noite, dado que as diversas catástrofes naturais,
pestes e convulsões sociais que fustigaram a cidade de Setúbal ditaram, seguramente, a perda e destruição de parte da documentação.
Os Paços do Concelho, sediados na Praça da Ribeira Velha, transitaram para o antigo Largo do Sapal (atual Praça de Bocage) na sequência da ordem, em 1526, de construção do edifício.
Com o terramoto de 1 de novembro de 1755, dá-se a transferência para o convento de Brancanes, em face da ruína do edifício municipal.
Em 1858, um terramoto atingiu de novo a cidade de Setúbal e a sede do Município foi seriamente danificada, embora em menor escala do que na noite de 4 para 5 de outubro de 1910.
O cálculo da catástrofe nunca será feito, ficando tão-somente alguns apontamentos dispersos de fontes documentais consultadas antes de 1910.
Com a transição temporária para o Liceu Bocage e regresso, em 1938, à Praça de Bocage, o Arquivo Municipal encontrará o seu local físico até à sua
descentralização física resultante de um protocolo assinado em 1998 com o Instituto Nacional de Arquivos/Torre do Tombo e a colocação de documentação
(séc. XVI ao XX), sob regime de depósito, no Arquivo Distrital de Setúbal.